Os investimentos em renda fixa são uma das modalidades mais procuradas dentro do mercado de capitais. Afinal, tanto o investidor pessoa física que faz aportes baixos quanto o gestor de investimento que movimenta bilhões fazem alocações em ativos desse tipo.
O grande dilema, porém, é saber como fazer as escolhas e selecionar o melhor investimento em renda fixa para potencializar os resultados da carteira de ativos.
Com o objetivo de te ajudar com esse objetivo, fizemos um guia completo para falar sobre os melhores investimentos em renda fixa. Confira a seguir mais detalhes sobre esses ativos e a modalidade de modo geral para fazer escolhas mais sábias daqui para frente.
Por que investir em Renda Fixa?
Antes de mais nada, é importante saber o porquê investir em renda fixa. Afinal, só vale comprar ativos desse tipo se eles realmente fizerem sentido com a sua estratégia de investimentos.
A boa notícia é que a renda fixa costuma ser uma classe de ativos muito completa, tendo opções de investimentos para diversas estratégias diferentes.
Principais motivos para investir em renda fixa:
– Segurança: nos investimentos em renda fixa estão as opções mais seguras do mercado financeiro. Portanto, caso você seja um investidor iniciante ou tenha um perfil mais conservador, é possível encontrar diversos investimentos com maior previsibilidade e que se encaixam com as suas preferências.
– Reserva de emergência: em virtude dessa segurança, a renda fixa também é a opção indicada para quem quer formar uma reserva de emergência para possíveis imprevistos. Afinal, é possível encontrar opções que são seguras e ainda possuem alta liquidez.
– Reserva de oportunidade: as características acima também qualificam a renda fixa como uma boa opção para a reserva de oportunidade. Afinal, você pode encontrar opções de investimentos em que é possível sacar a qualquer momento sem perda de rentabilidade. Com isso, estará disponível quando você precisar.
– Rentabilidade: se engana quem pensa que a renda fixa, por oferecer mais segurança, não possui produtos rentáveis. É possível também encontrar opções de investimentos que oferecem um alto retorno.
– Planos futuros: alguns títulos de renda fixa também possuem característica de longo prazo, sendo uma boa opção para você que quer investir com qualidade pensando no seu futuro.
– Manutenção do poder de compra: mesmo que você não seja um grande fã de investimentos, é importante saber que o fato de deixar o seu dinheiro parado na conta faz com que ele perca poder de compra ao longo do tempo. A renda fixa é uma forma de evitar esse efeito sem correr grandes riscos.
– Diversificação: mesmo que você prefira os tipos de investimentos de renda variável, a renda fixa é fundamental para diminuir o risco de sua carteira por meio da diversificação. Dessa maneira, você aproveita o efeito da correlação negativa e evita perder muito patrimônio em momentos de crise.
Por que investir em renda fixa em 2022
Não bastasse esses motivos para investir em renda fixa em qualquer momento, em 2022 existem motivos ainda mais especiais para ingressar nessa classe de ativos.
Afinal, neste ano, os juros, impulsionados pela alta da taxa Selic, subiram bastante. Isso afeta diretamente nos investimentos em renda fixa, e de forma positiva.
Isso porque os juros e a inflação são dois dos principais indexadores da renda fixa e, quando eles estão em alta, o retorno dos investimentos dessa classe também costuma subir.
Portanto, se você evitava a renda fixa no passado em virtude do retorno, talvez esse seja o momento de repensar essa premissa e estudar mais a fundo as opções que o mercado está oferecendo atualmente.
O que determina a rentabilidade da Renda Fixa
A rentabilidade da renda fixa é determinada de acordo com cada emissão ou modalidade de investimentos, com cada tipo tendo as suas características.
De qualquer maneira, ela costuma seguir 3 tipos de padrões principais que você confere a seguir.
Renda Fixa prefixada
A renda fixa prefixada é aquela em que você já sabe qual será o retorno final do investimento caso mantenha o título até o seu vencimento.
Portanto, nessa modalidade a taxa de retorno acordada no contrato do título costuma ser um número fixo.
Por exemplo: 12% ao ano, 13% ao ano, 13,25% ou qualquer outra opção de porcentagem.
Exemplos de títulos: Tesouro Prefixado, Tesouro Prefixado com juros semestrais, CDB prefixado, LCI Prefixada, entre outros.
Renda Fixa pós-fixada
Já na renda fixa pós-fixada, o investidor não sabe qual será o retorno dele ao final do investimento. A informação que ele tem no momento de investir é sobre qual será o indexador do título.
Indexador é o nome dado ao índice que vai definir a rentabilidade de determinado investimento.
No caso da renda fixa, alguns dos principais indexadores são, por exemplo, a taxa Selic, o CDI e a inflação (geralmente medida pelos índices IPCA ou IGP-M).
Portanto, nos títulos pós-fixados, a sua rentabilidade vai depender da variação desses índices indexados ao investimento.
Por exemplo: se o investimento é atrelado à taxa Selic e ela está em 13,25% ao ano, essa será a rentabilidade desse título. Se na próxima reunião do COPOM, porém, o valor da taxa de juros cair para 12,5%, o retorno desse ativo também cairá. Portanto, ele vai oscilar de acordo com a mudança do indexador.
O mesmo acontece com os indexados ao CDI. Se o investimento é um CDB que rende 100% do CDI, por exemplo, isso significa que ele pagará o valor dessa taxa na totalidade.
Portanto, caso a taxa DI esteja em 13,15% (geralmente ela está 0,10% abaixo da taxa Selic), esse investimento vai render 100% desse valor. Se essa taxa cair, o rendimento cai junto.
Sendo assim, esses são os investimentos de renda fixa pós-fixados: títulos atrelados a algum indexador, que geralmente é um índice que oscila. Dessa forma, a sua rentabilidade também vai variar com eles.
Exemplos de títulos: Tesouro Selic, CDB pós-fixado, CDB 100% do CDI, CDB 110% do CDI, entre outros diversos exemplos.
Renda Fixa híbrida
Já a renda fixa híbrida é aquela em que a rentabilidade terá os dois fatores citados acima: uma taxa prefixada somada a uma pós-fixada.
Dessa maneira, você sabe o retorno final de parte do investimento, sendo que a outra parte está indexada a algum índice que você só saberá a rentabilidade ao final.
Geralmente os títulos híbridos têm como principal indexador a inflação, seguindo um padrão geralmente na seguinte linha: IPCA + 5%; IGP-M + 3%, entre outros.
Exemplos de títulos: Tesouro IPCA+, Tesouro IPCA+ com juros semestrais, debêntures, CRIs, CRAs, CDBs diversos, entre outros.
Como comparar os principais investimentos em Renda Fixa
Uma das principais dúvidas dos investidores é saber como comparar os investimentos em renda fixa. Afinal, sempre fica a dúvida: como eu sei se devo investir em um CDB e não uma LCI? Como comparar um Tesouro Selic com um CDB de liquidez diária? A seguir vamos mostrar algumas técnicas para fazer isso.
Títulos do Tesouro versus crédito privado
Em relação à comparação entre títulos do Tesouro, emitidos pelo Governo, e investimentos de crédito privado, que são aqueles emitidos por empresas, a regra é simples.
Caso ambos ofereçam as mesmas condições, escolha sempre o título do Tesouro.
O motivo para essa estratégia é que os títulos do Tesouro são considerados os investimentos mais seguros da economia brasileira. Isso acontece porque eles são emitidos pelo Governo, que é a instituição com menor risco de calote no país.
Afinal, caso realmente seja preciso, o Governo pode imprimir mais dinheiro para honrar os seus compromissos. Mesmo que isso gere consequências, os bancos e outras empresas não têm sequer a possibilidade de usar dessa estratégia. Sendo assim, os títulos públicos são a opção mais segura dentro da renda fixa.
Só vale lembrar para que você faça as comparações corretas. Por exemplo: um título Tesouro Prefixado 2025 deve ser comparado com um CDB Prefixado 2025. Se ambos pagam o mesmo retorno, opte pelo título público.
Já o Tesouro Selic, porém, deve ser comparado com algum título de crédito privado pós-fixado de curto prazo ou que tenha liquidez diária.
O mesmo raciocínio segue para o Tesouro IPCA+. Ele deve ser comparado com título de crédito privado híbridos.
Dessa forma, você tem uma melhor base para monitorar os riscos nos investimentos em relação ao possível retorno.
Quando não há uma situação clara de igualdade nas condições, aí você deve colocar outras questões na balança, como os prazos, os riscos, a rentabilidade, entre outros fatores, e cruzar as conclusões de acordo com o seu objetivo para saber qual opção vale a pena.
CDB versus LCI
Existe ainda outro ponto de atenção importante na renda fixa, que é comparar opções de títulos isentos e não-isentos de imposto de renda. Para isso, reunimos dois dos investimentos mais conhecidos dessa classe: os CDBs e as LCIs.
No caso, os CDBs são tipos de investimentos que possuem a influência da tabela regressiva de imposto de renda sobre o lucro. Portanto, no momento do resgate você paga uma taxa de IR diretamente na fonte. Já as LCIs são completamente isentas.
Portanto, para darmos um exemplo, uma LCI que paga 90% do CDI rende mais que um CDB 100% do CDI em qualquer situação.
Confira a seguir na prática:
Portanto, quando for calcular rentabilidades de investimentos isentos e não-isentos, sempre lembre dessa questão do imposto de renda sobre o lucro. Só assim será possível avaliá-los da forma correta.
Para quem a Renda Fixa é indicada?
Os investimentos em renda fixa são indicados para praticamente todos os tipos de investidores. Afinal, trata-se de uma classe de investimentos com uma infinidade de opções, contemplando desde investidores iniciantes a experientes, e também perfis ultraconservadores a arrojados.
Sendo assim, o investidor deve olhar apenas para fatores como os objetivos que ele possui com os investimentos, perfil de risco e prazos. Filtrando esses fatores e outras questões mais pessoais, será possível ter uma maior clareza sobre qual tipo de ativo de renda fixa escolher e os motivos.
Como investir na Renda Fixa?
Para investir em renda fixa é bem simples. Basta abrir uma conta em uma corretora ou banco que disponibilize esses investimentos, ter o valor mínimo de aplicação na conta e aplicar o dinheiro de acordo com as regras de cada investimento.
Atualmente, existem uma infinidade de bancos e corretoras que oferecem uma ampla gama de opções. Sendo assim, é uma tarefa relativamente tranquila encontrar esses investimentos.
Provavelmente o banco que você tem conta oferece ativos de renda fixa como opção de investimento.
Investir em Renda Fixa em bancos ou corretoras?
Essa é uma pergunta constante entre investidores, mas a real questão deveria ser: em quais bancos ou corretoras investir?
A única grande diferença entre uma e outra é que geralmente as corretoras costumam oferecer mais opções de investimentos, permitindo uma maior variedade de produtos ao investidor. Com esse fator à parte, a real questão está mais em achar uma instituição boa do que escolher entre uma e outra.
Portanto, a escolha deve passar por critérios como:
- Praticidade para realização de operações;
- Qualidade do atendimento;
- Menores taxas ou taxa zero;
- Segurança, qualidade e usabilidade da plataforma;
- Variedade de produtos;
- Entre outros critérios qualitativos.
Portanto, foque mais em escolher um bom banco ou corretora do que escolher entre um e outro. Atualmente, existem até mesmo instituições bancárias que oferecem ambos os serviços, o que reforça a praticidade no controle dos investimentos.
Custos e taxas dos investimentos de Renda Fixa
Investir em renda fixa, porém, não se trata apenas de boas notícias. Os investimentos costumam reunir algumas taxas e impostos para se investir. Saiba mais sobre eles.
Imposto de Renda
A regra mais comum para cobrança de imposto de renda nas aplicações de renda fixa é o que chamamos de tabela regressiva do IR.
Esse modelo incide sobre a maioria dos investimentos de renda fixa e consiste em uma cobrança de taxa que vai diminuindo conforme você mantém os títulos por mais tempo.
Confira como ela funciona na prática abaixo:
Vale lembrar que essa alíquota de imposto é cobrada sempre sobre o lucro das operações.
Existem ainda alguns investimentos de renda fixa que são isentos de imposto de renda, como é o caso das LCIs, LCAs, CRIs e CRAs, por exemplo.
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
Outro modelo de tributação recorrente na renda fixa é a cobrança de IOF, sigla para Imposto sobre Operações Financeiras.
Essa tributação é regressiva e é cobrada apenas em relação aos primeiros 30 dias de aplicação. O objetivo é evitar resgates antecipados com muita antecedência por parte dos investidores.
Ao final desse período, a cobrança de IOF é zerada e não incide mais sobre os investimentos.
Confira abaixo o modelo de tributação por IOF.
Taxa de custódia
A taxa de custódia é um valor que o investidor paga ao custodiante do investimento, ou seja, a instituição responsável por registrar e manter esse ativo para você durante o tempo de duração dele.
Essa instituição pode ser tanto a própria bolsa de valores (B3) como a corretora pela qual você realiza os investimentos.
Existem muitos investimentos na renda fixa que possuem taxa de custódia zerada.
Um dos principais dos quais ela incide, porém, são os títulos públicos presentes no Tesouro Direto.
Esse valor incide sobre todos os títulos públicos com exceção do Tesouro Selic, que teve a taxa zerada para investimentos com valor até R$10 mil.
No caso dos títulos públicos, essa taxa é cobrada pela B3 e descontada semestralmente na sua conta da corretora no primeiro dia útil de janeiro e julho.
A boa notícia é que a taxa cobrada é de apenas 0,25% ao ano.
Quais são os melhores investimentos de Renda Fixa? Veja 7 opções
Chegou agora o momento de mostrar boas opções de investimentos de renda fixa na prática.
Todas as classes de investimentos abaixo têm boas qualidades, mas devem ser encaixadas de acordo com o seu perfil de investidor e objetivos.
Abaixo falamos com mais detalhes sobre cada uma delas e os principais cuidados que você deve ter antes de investir.
1 – Tesouro Selic
O Tesouro Selic é um dos investimentos mais buscados dentro da renda fixa e usado como referência para o cálculo de risco dos ativos. Afinal, é considerado o título mais seguro do mercado brasileiro.
Isso acontece porque o Tesouro Selic é um título público e, como falamos anteriormente, os ativos em que se empresta dinheiro para o Governo costuma ter um menor risco de crédito.
Somado a isso está o fato de que, dentro dos títulos públicos, o Tesouro Selic é o que oferece menor risco. Isso porque as suas características fazem com que ele seja um ativo que raramente oscila de preço. Sendo assim, o investidor pode resgatá-lo a qualquer momento sem ter grande oscilação de rentabilidade.
Portanto, temos no Tesouro Selic um ativo com segurança e alta liquidez.
Não bastasse isso, esse tipo de título ainda costuma se beneficiar em momentos de alta dos juros. Afinal, se trata de um título pós-fixado que tem a taxa Selic como indexador, ou seja, quando a Selic sobe, a rentabilidade dele sobe junto.
Dessa forma, em momentos como o que estamos passando em 2022, além de agradar no quesito segurança e liquidez, o Tesouro Selic ainda possui uma rentabilidade atrativa, como não se via nos últimos anos.
Com isso, é uma opção de ativo que vale o estudo dentro da renda fixa no contexto atual.
Como tem a garantia do próprio Governo, o Tesouro Selic, assim como os outros títulos públicos, não têm cobertura do FGC.
2 – Tesouro Prefixado
O Tesouro Prefixado é outra opção de título público negociado na plataforma do Tesouro Direto.
Como o nome já diz, ele tem um tipo de rentabilidade prefixada, ou seja, que já é conhecida no momento da aplicação.
Assim como outros investimentos de renda fixa, o Tesouro Prefixado está oferecendo taxas mais atrativas no momento atual se compararmos com um passado recente.
Somado a isso, ele ainda tem a possibilidade de valorização no seu preço em virtude de um efeito conhecido como marcação a mercado.
Esse fenômeno consiste na oscilação do preço dos títulos públicos ao longo do tempo de duração deles, que pode tanto ir para cima quanto para baixo.
O momento de alta, no entanto, costuma vir justamente no fim do ciclo do aumento das taxas de juros, o que muitos especialistas acreditam que é algo que acontecerá ainda no ano de 2022.
Portanto, o investidor que conseguir aprender mais sobre esse efeito e aplicar sobre os investimentos pode aproveitar a valorização dos títulos.
Vale lembrar, porém, que o Tesouro Prefixado pode também sofrer oscilação negativa no preço. Sendo assim, caso você seja um investidor inexperiente ou que ainda não entendeu completamente o efeito da marcação a mercado, o mais seguro é identificar todos os riscos e buscar informação antes de investir.
Caso você mantenha os títulos do Tesouro Prefixado até o vencimento, a rentabilidade acordada será paga normalmente.
3 – Tesouro IPCA+
A última modalidade de título público é o que conhecemos como Tesouro IPCA+. Esse tipo de título oferece o modelo de rentabilidade híbrido, ou seja, uma taxa prefixada somada à inflação medida pelo índice IPCA.
Assim como os outros títulos do Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+ também oferece taxas de rentabilidade maiores em momentos como o atual. Isso não só porque a inflação está em alta, mas a taxa prefixada também oferece um retorno acima da média recente.
Vale ressaltar que o Tesouro IPCA+ também sofre com a marcação à mercado, que pode ser ainda mais agressiva porque esse tipo de título costuma ter vencimentos mais longos.
Portanto, caso vá investir nesse título, tenha em mente o risco da oscilação de preços no curto prazo.
Caso você mantenha a aplicação até o fim, no entanto, você receberá a rentabilidade acordada normalmente.
4 – LCI, LCA, CRI e CRA
A quarta opção da nossa lista são os títulos atrelados a setores específicos: o imobiliário e o de agronegócio.
Estamos falando das LCIs, LCAs, CRIs e CRAs.
As Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são títulos emitidos por bancos e algumas outras instituições financeiras que têm como objetivo captar crédito para financiar especificamente esses dois setores.
Já os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são títulos emitidos pelas chamadas securitizadoras, que são instituições que compram dívidas de outras companhias para emitir títulos e negociar com outros investidores.
Esses 4 tipos de investimentos têm uma vantagem em comum: isenção de imposto de renda.
Como são usados para financiar dois setores extremamente estratégicos para a economia brasileira, o agronegócio e o setor imobiliário, o Governo mantém esses investimentos isentos de IR como forma de incentivo.
Com isso, podem se tornar atrativos para investidores de diversos tipos de perfis.
Enquanto as LCIs costumam ser mais acessíveis, com investimento inicial em cerca de 100 reais, as LCAs, os CRIs e os CRAs geralmente permitem a entrada a partir da casa dos 1.000 reais.
Outra diferença entre os ativos é que os CRIs e os CRAs costumam apresentar mais riscos de crédito que as LCIs e LCAs. Em contrapartida, também oferecem geralmente um melhor retorno.
As LCIs e LCAs costumam ter rendimento pós-fixado, mas também é possível encontrar opções prefixadas. Já os CRIs e os CRAs usualmente têm rentabilidade híbrida, com inflação ou CDI somados a uma taxa.
Outra diferença é que as LCIs e LCAs possuem garantia do FGC. Já os CRIs e CRAs não.
Com uma boa análise de risco de crédito das instituições emissoras, é possível achar bons ativos para investir em 2022 dentro dessa classe de investimentos.
5 – CDBs
Os CDBs provavelmente já são um tipo de investimento mais conhecido de você leitor. Os Certificados de Depósito Bancário são títulos emitidos por bancos, que fazem isso para captar recursos para usar em suas atividades.
Os CDBs podem ser pós-fixados, prefixados e híbridos. Em relação ao vencimento, também podem variar desde liquidez diária até 5 anos de duração.
Sobre os CDBs, incide a tabela regressiva de imposto de renda no resgate. Vale lembrar também que esse tipo de investimento possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito.
No momento atual, é possível também encontrar boas opção de CDBs. O principal ponto a se avaliar aqui também é o risco de crédito. Afinal, existem muitos CDBs de bancos menores que pagam grande rentabilidade, mas ao mesmo tempo têm um grande risco de calote inseridos neles.
Por mais que haja a garantia do FGC, não é uma boa opção ser obrigado a acionar esse recurso em virtude da falência ou calote da instituição emissora.
Além dos riscos, é importante também avaliar os retornos. Portanto, sempre compare o CDB com um título público compatível para ver se a rentabilidade vale a pena. Se for igual ou menor, sempre faça a escolha pelo título do Governo.
6 – Debêntures
As debêntures também são títulos de crédito privado. Em vez de serem emitidas por instituições financeiras, porém, elas são lançadas ao mercado por empresas dos demais setores.
Geralmente, as debêntures são os investimentos de renda fixa que mais dão retorno. Ao mesmo tempo também, são os que mais oferecem risco. Isso porque, em caso de falência ou recuperação judicial da empresa emissora, você pode perder não só o retorno da aplicação, mas o dinheiro investido por completo.
Portanto, em momentos como o atual, é possível sim encontrar boas debêntures, mas ao mesmo tempo é preciso ter cuidado redobrado em relação aos riscos.
As debêntures possuem uma particularidade que é o fato de todas elas serem únicas, ou seja, cada nova emissão de uma empresa possui títulos com características e regras próprias.
Portanto, antes de investir em uma debênture é necessário analisar de forma cautelosa todo o documento de emissão feito pela empresa. O grande problema, porém, é que esse arquivo costuma ter dezenas ou até centenas de páginas.
Sendo assim, é muito difícil que um investidor comum consiga analisar uma debênture a fundo sem ajuda de um especialista.
De qualquer maneira, caso você tenha interesse, vale a pena estudar mais sobre o ativo para entender mais sobre as suas características.
Afinal, existem títulos emitidos por empresas com solidez financeira e que podem ser uma boa opção para uma carteira diversificada.
7 – Fundos de Renda Fixa
Assim como as debêntures, os fundos de renda fixa são tipos de investimentos muito plurais.
Um fundo consiste em um investimento emitido por uma grande gestora, que reúne recursos por meio da emissão de cotas para investidores.
Com o dinheiro arrecadado com essas emissões, a gestora, com o apoio de uma equipe de profissionais qualificados, faz a seleção dos ativos do fundo, montando uma carteira diversificada com diferentes opções.
No caso dos fundos de renda fixa, como o nome já indica, a grande maioria do portfólio é composto por títulos de renda fixa.
Portanto, ao comprar uma cota de um fundo desse tipo, você está garantindo participação em um investimento que renderá de acordo com o desempenho dessa carteira selecionada pelo gestor.
Para escolher um fundo é importante bastante estudo sobre o ativo que você está comprando.
Um dos grandes pontos a observar é sobre as grandes taxas. Para um fundo de renda fixa, por exemplo, uma taxa de administração acima de 1% já pode ser considerada alta.
Portanto, se atente aos detalhes presentes no documento de gestão do fundo, mas opte pela ajuda de um especialista no momento da escolha do ativo. Afinal, existem fundos de renda fixa de diferentes estratégias e esse profissional vai te ajudar a escolher o que mais se assemelha com o seu perfil e objetivos.
Como declarar aplicação de Renda Fixa no IR
Assim como todos os tipos de investimento, é necessário que você declare as suas aplicações de renda fixa no imposto de renda.
A boa notícia é que, quando comparamos com a renda variável, declarar os investimentos em renda fixa é bem mais simples. De qualquer maneira, cada tipo de título tem regras específicas e detalhadas, que é importante que você aprenda de forma completa em um passo a passo.
Para te ajudar com isso, fizemos uma série de artigos sobre como funciona a declaração dos principais tipos de investimentos de renda fixa no imposto de renda. Confira abaixo e já comece a se preparar para o ano que vem.
- Como declarar títulos do Tesouro Direto no imposto de renda
- Como declarar LCIs, LCAs, CRIs e CRAs no imposto de renda
- Como declarar CDBs e debêntures no imposto de renda
Atenção à declaração de títulos resgatados ou que venceram
Vale ainda uma ressalva. Caso o seu título tenha vencido no mês de vigência da declaração do imposto de renda ou tenha feito um resgate antecipado, é necessário que você declare os rendimentos no IR.
Por exemplo: caso você tenha um título que venceu ou vai vencer neste ano de 2022 ou pretende resgatar algum deles, será necessário indicar esse rendimento na próxima declaração do imposto de renda.
De qualquer maneira, caso você queira aprender como fazer isso, nos textos que indicamos acima também temos essa informação de forma detalhada. Portanto, não se preocupe e faça de maneira simples acompanhando o nosso passo a passo.
Conclusão
Agora você já sabe quais são os melhores investimentos em renda fixa e os principais motivos para investir nessa modalidade de ativos. Com isso, pode se preparar de forma mais completa para escolher os seus ativos em 2022.
Caso queira se aprofundar ainda mais no universo da renda fixa e entender o efeito da marcação a mercado, te convidamos a assistir a um vídeo completo que fizemos sobre o tema para o nosso canal do YouTube.
Confira já como investir na renda fixa e ganhar dinheiro. Assim, você pode aproveitar um momento como o atual para ter os melhores retornos nessa classe de ativos.
*Este artigo não é uma recomendação de investimentos e não deve ser tratado como tal. Estão inseridos nele apenas opções de renda fixa com mais detalhes com fins educacionais. Para selecionar esses ativos, estude a fundo e busque auxílio de um profissional.