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5 ensinamentos de megainvestidores para você investir melhor

Seja você um investidor iniciante, experiente ou que sequer tenha começado no universo do mercado financeiro, um fato é indiscutível: investir requer conhecimento e sabedoria. 

Para obter esses dois atributos, nada melhor do que a ajuda de quem tem reputação nos investimentos e entende muito do assunto. 

Por isso, na 3ª edição da newsletter Conhecimento é Dinheiro decidimos facilitar a sua vida: reunimos 5 grandes ensinamentos de alguns dos maiores nomes da história do mercado financeiro para fortalecer a sua mentalidade de investidor e fazer você investir melhor. 

Siga com a gente para conhecer com todos os detalhes um por um: 

1º ensinamento para investir melhor: desenvolva o pensamento de segundo nível 

O conceito de pensamento de segundo nível foi desenvolvido pelo megainvestidor Howard Marks

Caso você ainda não o conheça, vamos te apresentar essa lenda do mercado financeiro: 

Howard Marks é cofundador e copresidente da Oaktree Capital Management, considerada a maior empresa de investimentos em private equity de todo o mundo, com mais de 150 bilhões de dólares sob gestão. 

Ele possui bilhões de dólares em patrimônio individual e vem há décadas compartilhando os seus conhecimentos com investidores de todo o mundo.  

investir melhor com Howard Marks
Howard Marks é também professor da Finclass. 

Esse conceito foi compartilhado no livro “O mais importante para o investidor”, escrito pelo próprio Howard Marks e que inclusive recomendamos a leitura! 

Com as devidas apresentações, vamos agora ao que interessa: o que seria o pensamento de segundo nível? 

Ao compartilhar esse conceito, Marks quer incentivar as pessoas a pensarem fora da caixa, ou seja, não se limitarem apenas ao nível de pensamento primário.  

Afinal, todo investidor que entra no universo dos investimentos busca ter resultados acima da média e se limitar ao pensamento de primeiro nível te colocará no mesmo patamar de resultados que a maioria das pessoas.  

Nas palavras do próprio investidor: “você não precisa estar sempre certo, você só precisa estar mais certo que os outros”. 

Investir melhor: O mais importante para o investidor
O livro “O mais importante para o investidor” é uma das grandes obras sobre o mercado financeiro. 

Tudo bem, agora você deve estar se perguntando: mas como eu faço para atingir esse segundo nível de pensamento? Vamos resumir em alguns tópicos o raciocínio de Marks: 

Seja questionador 

O cérebro humano, de modo geral, está o tempo todo promovendo a busca por padrões nas diversas situações cotidianas para chegar a conclusões. Esse comportamento ajuda a reduzir as incertezas e o medo que os episódios de nossa vida provocam. 

O problema é que em diversas áreas da vida — e o mercado financeiro não escapa disso — sempre vão existir surpresas que não seguem um padrão de comportamento. Portanto, achar que as situações sempre se repetirão e seguir o raciocínio da manada pode te levar ao que chamamos de risco da ruína. 

Para dar um exemplo, podemos citar os momentos de euforia do mercado financeiro. É neles que as pessoas costumam despejar todo o seu dinheiro de forma otimista, sendo que em muitas vezes o momento certo de se investir é justamente quando as pessoas estão com medo excessivo. 

Já diria Warren Buffett: “seja otimista quando todos estão pessimistas e pessimista quando todos estão otimistas. 

Um grande exemplo atual desse cenário são as criptomoedas. Quando estão em alta, elas são a solução da riqueza. Já nos momentos que estão em baixa, todas têm o seu fim automaticamente decretado. 

Outro exemplo de pensamento de primeiro nível e acompanhamento da manada é o fato de deixar de se levar por notícias. Por muitas vezes, nos questionamos quando sai uma notícia que uma empresa teve um lucro extremamente expressivo, mas as ações dela caíram.  

Nesses casos, geralmente, os lucros podem ter sido bons, mas abaixo das expectativas do mercado. Isso faz as cotações caírem. Se o investidor estiver atento a esse tipo de possibilidade e praticar o pensamento de segundo nível, ele pode antecipar determinadas situações.  

bolsa de valores - Gazeta do povo
No mercado financeiro, nem tudo é o que a primeira impressão nos apresenta (Captura de tela: Gazeta do Povo) 
Localiza lucro
Exemplo da Localiza para ilustrar o conceito (Captura de tela: Exame) 

Portanto, seja sempre um questionador, principalmente quando tudo parece perfeito. Quando investir, preocupe-se com o que está fora do radar. O que está além da primeira linha. 

Como diria Howard Marks, “o pensamento de primeiro nível nos leva a pensar nas conclusões óbvias. O pensamento de segundo nível leva às não óbvias”. 

Vale apenas um adendo a esse conceito para refinar a sua mentalidade: ser questionador não significa sempre ser do contra, mas sim agir com cautela e buscando ver questões inexploradas nos momentos de tomada de decisão nos investimentos.  

Não descarte opções rapidamente 

Esse conceito nos leva à segunda premissa do pensamento: não descarte opções rapidamente.  

Ao se tornar um questionador e uma pessoa que sempre tenta ver outros lados dentro de uma tese de investimentos, naturalmente você será mais cauteloso ao descartar uma opção.  

Portanto, o investidor com pensamento de segundo nível vai sempre analisar as opções com calma, de forma racional, e considerará todos os pontos de uma tese antes de tomar uma decisão.  

Uma ação que está muito depreciada, às vezes pode ser uma oportunidade de compra.  

O mesmo acontece no cenário oposto. Algum investimento que parece sem defeitos, pode ter algo que você não esteja percebendo. 

Por isso, não crave hipóteses sem ao mesmo considerar diferentes abordagens.  

Pense a longo prazo

Essa premissa é uma das mais complicadas de se aplicar, mas ao mesmo tempo talvez a mais importante.  

Isso porque o fato de pensar a longo prazo é o que realmente garante sucesso nos investimentos. No entanto, poucas pessoas estão dispostas a fazer esse sacrifício — algumas ao menos tentam, mas acabam ficando pelo caminho. 

Afinal, pensar a longo prazo é, de alguma forma, poupar o presente para pensar no futuro. Muitas pessoas não conseguem manter esse pensamento, ainda mais levando em conta as pressões e gatilhos emocionais. 

Isso vale muito para o nosso planejamento financeiro do dia a dia, mas também se aplica de forma perfeita para as decisões de investimentos. 

Por exemplo: quantas pessoas não foram extremamente julgadas ao comprar ações no auge da pandemia, com a bolsa de valores na casa dos 60 mil pontos?  

Pensar diferente da maioria requer controle emocional, pois você será julgado. 

Ao final, porém, essas pessoas que tiveram coragem e, mais do que tudo, fidelidade aos seus princípios de investimentos, foram recompensadas por pensar no longo prazo e conseguiram ótimos retornos.  

Ibovespa no corona crash
Ibovespa antes, durante e meses depois do chamado “corona crash” (Captura de tela: G1) 

Portanto, ao tomar decisões, pense mais nas consequências e possíveis desdobramentos delas do que apenas na situação em si. Assim, você poderá investir melhor e com consciência.  

Como diria Marks “o mundo tem mais a ver sobre como você reage às situações do que realmente as situações em si”. Isso é pensamento de segundo nível! 

2º ensinamento para investir melhor: Devagar e sempre, o segredo para o sucesso no mercado 

A segunda frase é de outro grande nome do mercado: Morgan Housel. 

Esse grande investidor é sócio do The Collaborative Fund, uma empresa de capital de risco que fornece financiamento inicial para pequenas empresas de tecnologia com grande potencial. 

Investir melhor com Morgan Housel
Morgan Housel é um grande nome do mercado financeiro e professor da Finclass.  

Além disso, se destaca também pela literatura sobre o mercado, exercendo a função de colunista da Motley Fool Stock Advisor e do Wall Street Journal, e também sendo autor de livros, como o contemplado “Psicologia Financeira”.   

É justamente nessa obra que ele aborda o ensinamento que compartilharemos a seguir. 

No capítulo 6 do livro, Devagar e sempre, Housel reforça a mentalidade de longo prazo que é comum nos investidores de sucesso e faz uma reflexão extremamente relevante: 

“Você pode estar errado metade das vezes, e, ainda assim, ficar milionário”.  

Ao sermos impactados por essa frase, podemos tirar algumas conclusões, como você vê abaixo: 

Errar é inevitável, mas se manter no jogo é plenamente possível (e simples) 

A primeira delas é de que muito provavelmente você vai errar no mercado financeiro. Isso é inevitável. No entanto, isso não vai te tirar do jogo. Principalmente se você tirar lições desses momentos de fracasso e também evitar correr o risco da ruína. 

Quando falamos de risco da ruína, estamos citando a possibilidade de perder todo o seu capital nos investimentos, o que te tiraria do jogo. Isso, no entanto, só vai ocorrer se você for motivado pela ganância e outros comportamentos negativos.  

O autor, inclusive, dá um ótimo exemplo no livro — que também recomendamos a leitura. 

A psicologia financeira - Morgan Housel
O livro a Psicologia Financeira é uma obra muito interessante para investidores. 

Na obra, para reforçar o seu argumento, Housel conta a história de um faxineiro que mal sabia ler e que, quando faleceu, deixou uma boa herança para os filhos originada de décadas de dinheiro poupado.  

Ao mesmo tempo, cita um empresário que fundou uma startup, alavancou todo o seu capital por excesso de confiança e esperança de dinheiro rápido, mas acabou cheio de dívidas e declarando falência. O destino foi o falecimento sem deixar nada para a família.  

A lição aqui é que, diferentemente de algumas áreas de atuação, em que se precisa de grande conhecimento técnico, no mercado financeiro a questão comportamental pesa muito.  

Por isso, os investimentos possibilitam que pessoas com menor instrução possam ter melhores resultados do que muitos bem formados. Basta não se deixar levar por sentimentos de ganância, ganho fácil e excesso de confiança.  

Ou seja, o importante é seguir devagar e sempre, sempre aprendendo e não comprometendo o seu capital. A constância e humildade fazem toda a diferença.   

Diversificar é preciso 

Toda essa história reforça também um dos importantes pilares para todo investidor de longo prazo: o conceito de diversificação.  

Se você iniciar no mundo dos investimentos já utilizando da diversificação, dificilmente você correrá o risco de perder todo o seu capital.  

Afinal, se você tem diferentes ativos na carteira, diversificar nas classes (renda fixa, ações, fundos imobiliários etc.) e até mesmo geograficamente (com investimentos em ativos internacionais), a chance de todos os seus ativos irem a zero é mínima.  

Portanto, como Housel fala, mesmo se metade dos seus investimentos derem errado, a outra metade pode garantir o seu sonho de se tornar milionário.  

O conceito de convexidade é a mina de ouro 

É aí que entra o nosso próximo conceito: o conceito de convexidade, termo que já citamos em nossa primeira newsletter e que é uma das grandes maravilhas do mercado financeiro.   

Reforçando para quem já conhece e explicando para quem ainda não sabe, o conceito de convexidade consiste no fato de que no mercado financeiro as perdas são limitadas e os ganhos são infinitos. 

Portanto, o máximo que você pode perder no mercado é 100% do seu investimento. Os ganhos, no entanto, são infinitos. Uma única ação pode crescer 5.000% e garantir todo o retorno de sua carteira diversificada.  

Veja abaixo um exemplo na prática: 

Convexidade nos investimentos
Simulação de carteira e convexidade.

Na imagem acima, você vê um exemplo não tão provável em uma carteira de investimentos, mas o intuito é apenas te mostrar o poder da convexidade. 

Na foto, temos um exemplo de uma alocação com 9 ativos com desempenho muito fracos, inclusive com uma ação chegando à falência. No entanto, uma única ação com desempenho extraordinário trouxe um retorno médio que seria muito maior do que alguns dos grandes nomes da história do mercado. 

É óbvio que dificilmente você vai acertar uma ação que valorize 5.000%. No entanto, se duas ou três ações da sua carteira tiverem um desempenho acima da média, elas podem puxar o resultado total dos seus investimentos para cima. 

Ações da Apple
Desempenho das ações da Apple.

As ações da Apple, por exemplo, valorizaram mais de 1.700% desde 2013. Vale lembrar que nessa época a empresa já era uma companhia gigantesca e que vendia em diversos países.  

Portanto, reforçando o que Morgan Housel diz, você pode estar errado metade das vezes e ainda assim virar um milionário.   

3º ensinamento para investir melhor: o investidor pessoa física tem boas vantagens no mercado 

O nosso terceiro ensinamento vem de outro megainvestidor. Estamos falando de Peter Lynch

Investir melhor com Peter Lynch
Peter Lynch é um dos gestores de fundo mais bem sucedidos da história. 

Ele é nada menos do que um dos investidores profissionais que possui um dos maiores retornos na história do mercado financeiro. Isso ocorreu durante o seu período de gestão do Fidelity Magellan Fund. 

Nos 13 anos em que esteve à frente do fundo de investimentos, ele conquistou uma incrível média de rentabilidade de 29,2% ao ano, valorizando 2.900% no total.  

O fundo saiu 18 milhões de dólares iniciais e os ativos passaram a valer 14 bilhões!  

Mesmo obtendo grande sucesso como gestor, Lynch defende um conceito interessante em sua principal obra, que leva o nome em português de “O jeito Peter Lynch de investir” — mais uma indicação para você, leitor! 

O livro de Peter Lynch reúne grandes ensinamentos de toda a sua trajetória.  

O conceito defendido pelo investidor é de que “não é necessário ser um mega conhecedor do mercado para escolher boas ações”. Ele ainda vai além, diz que os investidores pessoa física, como eu e você, têm na realidade vantagens sobre os gestores de fundos.  

Incrível, não? Conheça alguns dos argumentos dele: 

Análise de campo 

Enquanto os gestores engravatados passam o dia fechados no escritório e gastam horas fazendo análises aprofundadas de indicadores, planilhas e gráficos, muitos investidores “amadores” podem ter uma vantagem prática no dia a dia: contato mais frequente com as empresas que investe.  

Com isso, é possível observar mudanças de mercado com os próprios olhos e vivências: aquela loja que não para de abrir franquias para todos os lados, aquele restaurante que todo mundo comenta, o novo aplicativo de sucesso, entre outros exemplos.  

Principalmente nos EUA, em que o mercado de ações possui milhares de empresas listadas, algumas das maiores oportunidades de crescimento podem estar bem mais visíveis no dia a dia do investidor comum do que nas planilhas de análises dos gestores. 

Os gestores não são donos do próprio nariz 

Os gestores de fundos têm liberdade para fazer alocações “até a página 2”. Afinal, o verdadeiro chefe que eles possuem são os cotistas do fundo.  

Dessa forma, qualquer alocação que os gestores fizerem será motivo de questionamento por parte dos cotistas. Com isso, a movimentação deles fica limitada. 

Vamos a um exemplo prático: se um gestor encontra uma grande oportunidade em uma empresa desconhecida, na primeira queda brusca dela, ele poderá ser pressionado. Portanto, tanto os cotistas quanto os donos da gestora vão pedir explicações a ele por esse desempenho. 

Por isso, com medo de perderem seus empregos, muitos gestores preferem alocar os patrimônios dos fundos em empresas mais conhecidas do mercado e sem grande potencial de crescimento. Ou seja, aceitam ficar na média em detrimento de um maior risco. 

Já o investidor pessoa física tem toda liberdade para alocar o patrimônio dele como quiser. Afinal, se algo der errado, é apenas o próprio capital que está em risco. Portanto, se ele confia muito em uma empresa, ele pode mantê-la mesmo em suas maiores baixas, podendo colher frutos das grandes altas dela no futuro.  

Queima de evidências 

O fator acima pode trazer consequências ainda mais danosas aos investidores, como o que chamamos de queima de evidências.  

Como os gestores precisam periodicamente apresentar resultados para agradar aos cotistas do fundo, por vezes eles vendem ações na baixa.  

Como isso se aplica na prática: se há alguma ação que está caindo muito em determinado momento, ela vai puxar o desempenho da carteira do fundo para baixo, influenciando negativamente também no preço da cota desse fundo.  

Nesse momento, os cotistas começam a se preocupar e pressionar os responsáveis pela gestão.  

É nesse cenário que alguns gestores vendem essa ação, com o objetivo de que sua queda não impacte muito na cota do fundo. Isso mesmo que os fundamentos desse ativo permaneçam o mesmo.  

Na realidade, porém, ele deveria é estar comprando mais para aproveitar o período de baixa.  

Realizando a venda dessa ação em queda, porém, os impactos serão limitados nas apresentações de resultados periódicas, o que assusta menos os cotistas.  

Essa prática, no entanto, é um grande dano à rentabilidade no longo prazo. Tudo seria resolvido se eles pudessem segurar um prejuízo momentâneo por um maior tempo, como podem fazer os investidores pessoa física. 

Infinidade de opções 

Um último fator de vantagem do investidor pessoa física é a questão da liquidez. 

Se um gestor de um grande fundo quiser colocar parte da sua alocação em uma empresa de menor valor, dificilmente ele conseguirá.  

Vamos explicar isso com um exemplo na prática: 

Vamos supor que um fundo possui 1 bilhão de reais de patrimônio e pretende alocar 10% dividido igualmente em 10 empresas.  

Seria, portanto, 100 milhões de reais em cada uma.  

Apenas como exemplo de uma companhia de menor capitalização, vamos supor que essa empresa seja a Simpar.  

Em uma rápida busca utilizando a plataforma Status Invest, vemos que a Simpar possui uma média diária de aproximadamente 26 milhões de reais em negociações. 

Liquidez média diária Simpar
Montante negociado por dia em média das ações da Simpar – SIMH3 (Fonte: Status Invest) 

Ou seja, em um exemplo hipotético em que esse fundo faça toda a alocação de uma só vez, sozinho ele negociaria quase 4 vezes mais a média diária das ações SIMH3. 

O impacto disso seria um grande caos no mercado, onde os preços das ações subiriam rapidamente de uma só vez.  

O mesmo aconteceria no caso desse fundo querer liquidar toda a posição em uma única tacada: os preços cairiam drasticamente até ficarem atrativos para o mercado. 

A conclusão é que esse fundo hipotético compraria muito caro e venderia muito barato.   

Demos um exemplo extremo, mas na prática grandes fundos realmente não conseguem comprar empresas de baixa capitalização por conta dessa influência da oferta e demanda pelos ativos. 

Por isso, focam apenas em empresas maiores e mais estudadas por todos os analistas. 

Liquidez média diária Banco do Brasil
Liquidez das ações do Banco do Brasil (BBAS3) para efeito de comparação (Fonte: Status Invest)  

Um investidor pessoa física que investe no máximo alguns milhares de reais por mês não teria esse problema. Afinal, os seus aportes não afetariam os preços de mercado.  

Portanto, é mais fácil aproveitar empresas de alto crescimento como investidor pessoa física.  

Antes de encerrar esse tópico, vale um contraponto: apesar da argumentação de Peter Lynch, obviamente os fundos de investimento têm muito valor. 

Afinal, são geridos por profissionais com anos de experiência e que passam horas diárias estudando os setores em que investem.  

A conclusão, portanto, deve ser a seguinte: 

Faça um bom filtro de fundos de investimentos e considere usá-los para complementar uma carteira diversificada.  

É plenamente possível e recomendável investir também em fundos, até mesmo para diminuir o risco de sua carteira.  

Portanto, não os descarte! Apenas complemente.  

4º ensinamento para investir melhor: Coloque os juros compostos a seu favor  

Para o nosso 4º ensinamento, não poderíamos deixar de citar ele, que para muitos é o maior investidor de todos os tempos. 

Estamos falando de Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo, com fortuna estimada em 115 bilhões de dólares. 

Investir melhor com Warren Buffet
Warren Buffet é um dos homens mais ricos do mundo e grande influência para investidores (Foto: Divulgação) 

Entre as dezenas de grandes frases boas de Buffett, resolvemos pegar uma das mais simples, mas que é a base do conceito de investir: coloque os juros compostos a seu favor! 

Aprendendo isso, mesmo que você não se torne um milionário, ao menos você terá uma vida tranquila e estável financeiramente.  

Provavelmente você já deve saber que juros compostos é o efeito de juros sobre juros. 

Quando eles jogam contra, como é no caso das dívidas com cartão de crédito, cheque especial, entre outros, o risco da ruína é extremamente real. 

Em contrapartida, a partir do momento que você aprende a usá-lo a seu favor, investindo com disciplina, a sua vida muda.  

Abaixo, vamos mostrar na prática para você o efeito dos juros compostos: 

Para isso, fizemos a seguinte simulação: um investimento inicial de R$100 mil rendendo 10% ao ano todo ano, mas sob efeito de juros compostos. 

Ao olharmos o gráfico, vemos que, mesmo que a rentabilidade seja de 10% ao ano, o efeito de juros sobre juros faz com que a curva fique cada vez mais íngreme com o passar do tempo.  

Gráfico juros compostos
Gráfico simulando um investimento inicial de R$100 mil, rendendo 10% ao ano, por 20 anos, sob efeito de juros compostos.   

Ao final do período, os R$100.000 viraram incríveis R$672.749,99. 

O mais legal é que os números exprimem o efeito dos juros compostos de forma visual. Do 1º para o 2º ano, esse investimento hipotético rendeu R$11.000 ao investidor. Já do 19º ano para o 20º, os mesmos 10% ao ano renderam incríveis R$61.159,09.  

Esse é o efeito dos juros compostos!     

Essa bola de neve é ainda mais potencializada caso você faça aportes constantes e invista os dividendos das ações que você compra. Portanto, inicie essa prática e garanta a sua tranquilidade no futuro! 

Lembre-se: os juros compostos são a oitava maravilha do mundo! 

Invista de forma constante, fazendo aportes periódicos, reinvista os seus dividendos e se mantenha no mercado por décadas com ativos de qualidade.  

A receita é simples!  

Com isso, você tem muito mais chances de conseguir um futuro próspero por meio dos seus investimentos! 

5º ensinamento para investir melhor: Nunca pare de aprender  

Para finalizar a nossa lista, vamos trazer novamente o grande Warren Buffet para um ensinamento fundamental e compartilhado por todos os grandes nomes do mercado financeiro: nunca pare de aprender! 

A busca constante pela evolução dos seus conhecimentos é fundamental não só no mercado financeiro, mas para a vida de modo geral: evolução no emprego, nos negócios, na vida pessoal, culturalmente etc. 

E o mais legal é que o próprio Warren Buffett segue esse conceito à risca. 

Mesmo com bilhões na conta e 91 anos de idade, o megainvestidor não abre mão do conhecimento de maneira alguma.  

Buffett afirma ler incríveis 200 páginas por dia! 

É claro que você não precisa seguir o mesmo ritmo do megainvestidor. Afinal, dificilmente terá tempo em uma rotina repleta de compromissos. 

No entanto, se ao menos criar o hábito de incluir a leitura em sua rotina e ter aprendizados constantes sobre investimentos, o seu caminho de sucesso no mercado financeiro fica cada vez mais viável e você poderá se tornar um investidor de extrema qualidade! 

Por isso, escute o titio Buffett: nunca pare de aprender! 

Só assim você poderá investir melhor e seguir se aprimorando cada dia mais.

Para isso, a Finclass pode te ajudar. Em nossa plataforma você encontra diversas aulas com diferentes temas sobre investimentos para ficar cada vez mais experiente no cuidado com os seus investimentos.

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Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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