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Guia do CDB: passo a passo para investir nos melhores

Sabe o que falta para a população brasileira deixar a poupança para trás e finalmente partir em busca de opções mais rentáveis de investimento? Conhecer modalidades de retorno maior, e que ainda assim sejam seguras. 

Se você está nessa jornada também, chegou ao lugar certo. Nesse artigo, vamos explorar uma modalidade de aplicação que preenche esses requisitos: os CDBs.

Ainda não conhece esses títulos? Então, siga neste artigo. Aqui, vamos explicar o que são os CDBs, como eles funcionam, suas formas de rentabilidade, as diferenças entre CDBs prefixados e pós-fixados e como começar a investir.

O que é CDB?

Sigla para Certificado de Depósito Bancário, os CDBs são títulos emitidos por bancos, que encontram nessa captação de recursos uma forma de financiar projetos ou aumentar a concessão de crédito aos clientes. 

Dessa forma, os investidores podem adquirir estes papéis, se tornando uma espécie de credores do banco. Em retorno, a instituição devolve o valor “emprestado” com o acréscimo de juros — e aí está o lucro de quem investiu.

Os CDBs são considerados como aplicações de renda fixa. Isso porque eles oferecem um rendimento previsível e relativamente constante ao longo do tempo. 

Além disso, temos ainda o fato de que os bancos costumam ser instituições confiáveis, especialmente os grandes nomes. Logo, a solidez de suas atividades serve como uma forma de amenizar o risco de crédito envolvido nos CDBs — quer entender mais sobre esse risco? Continua por aqui, que logo retornaremos ao assunto.

Como funciona o CDB (Certificados de Depósito Bancário)?

Como você já sabe, quando um banco precisa levantar fundos para dar seguimento ou combustível às suas atividades, emite CDBs e os comercializa para investidores. 

Embora essa ideia geral de sua lógica seja perfeitamente correta, é preciso, ainda, que nos aprofundemos em alguns outros detalhes destes títulos para  compreendê-los totalmente, como seus prazos de vencimento, liquidez e tributação, por exemplo. Vamos lá?

Prazo de vencimento

Esse detalhe fica a cargo de cada instituição financeira emissora. Assim, embora os prazos de vencimento possam variar, os mais comuns são de 3, 6 e 12 meses, ou de 2, 3 e 5 anos.

Lembre-se de que CDBs com prazos mais longos também são aqueles que rendem mais. Geralmente, títulos desse tipo são emitidos por bancos menores, uma vez que estes costumam empreender captações maiores de recursos. 

Prazo de carência

Além do prazo de vencimento, a carência é outra data que merece a sua atenção na hora de avaliar um CDB. Essa característica marca o dia a partir do qual o título pode ser resgatado. Quando o prazo é longo, aliás, a carência também costuma ser.

Para você não confundir esses dois termos, vamos recapitular a definição de cada um:

  • Prazo de vencimento: é o período máximo em que o seu dinheiro vai permanecer aplicado no CDB;
  • Carência: é a data a partir da qual o valor pode ser resgatado. Antes dela, portanto, o resgate não é permitido.

Valor mínimo para investimento

O valor mínimo de aplicação em CDBs vai variar de acordo com cada banco emissor. O investidor, portanto, tem uma gama bem ampla de opções para explorar, a depender dos seus objetivos financeiros. O aporte inicial pode ser de R$100, por exemplo, ou R$1000.

Na hora de realizar um investimento, o mais recomendável é que, ao analisar essas possibilidades, você se certifique se o dinheiro aplicado será necessário em um futuro próximo, ou se poderá permanecer parado até o prazo de vencimento.

Rentabilidade

Os CDBs são títulos de renda fixa, por isso, é lógico deduzir que a rentabilidade desses papéis é previsível. No entanto, mesmo assim, elas podem variar, a depender da categoria específica de CDB escolhida pelo investidor.

Basicamente, há opções onde é possível saber exatamente quais serão os ganhos futuros, e outras onde os rendimentos vão acompanhar um indicador econômico — em outras palavras, há versões prefixadas e pós-fixadas dos CDBs, as quais veremos em seguida.

Antes de passarmos para o próximo tópico, vale lembrar que a porcentagem da rentabilidade depende, também, de cada instituição emissora.

Liquidez

A liquidez é a capacidade de transformar um ativo em dinheiro. Nesse caso, é a possibilidade de vender um CDB no mercado secundário, caso o investidor queira se desfazer do título que comprou. 

Esse resgate antecipado do papel pode ser diferente para cada ativo, por causa da carência e do momento atual do mercado secundário. Entenda:

  • Carência: Como você sabe, alguns CDBs também contam com esse prazo mínimo durante o qual o resgate não é permitido. A carência pode ser mais longa em títulos com prazos de vencimento maiores, aliás. Na prática, isso significa que a falta de liquidez durante a carência pode afetar a sua capacidade de acessar o dinheiro quando necessário;
  • Mercado secundário: embora muitos CDBs tenham prazos de vencimento e carências definidos, é possível vender esses títulos no mercado secundário antes do vencimento, caso haja interesse de compradores, ou seja, outros investidores. No entanto, a liquidez nesse ambiente de negociação pode variar dependendo do título e das condições do mercado. Em alguns casos, o valor de mercado atual do papel vai ser menor do que aquele pago por você inicialmente, causando um prejuízo na sua operação.

Custos

A boa notícia é que os CDBs não têm taxas de administração, custódia ou performance. No entanto, podem sofrer a incidência do Imposto de Renda (IR) e do IOF. 

  • IOF: a incidência, nesse caso, acontece se o resgate do título for feito em menos de 30 dias após a aplicação. Como essa alíquota é regressiva, ela diminui conforme o tempo passa —  começando em 96% para resgates em 1 dia, e terminando em 3% nos resgates em 29 dias;
  • Imposto de Renda: essa tributação também segue uma lógica regressiva de incidência. Em termos práticos, quanto maior for o tempo de aplicação, menor será o imposto devido ao governo. As porcentagens aplicadas são essas:
    • Até 180 dias: 22,5%;
    • De 181 a 360 dias: 20%;
    • De 361 a 720 dias: 17,5%;
    • A partir de 721 dias: 15%.

Quais são os tipos de CDB?

Como já mencionamos, existem três tipos de CDBs: prefixados, pós-fixados e híbridos. Conhecê-los se faz fundamental, já que a rentabilidade se desenvolve de forma distinta para cada um. Vamos entender?

CDB prefixado

Nesse caso, a taxa de juros a ser paga ao investidor é definida no momento da compra do título, e permanece inalterada ao longo do período de aplicação. 

Por mais que o cenário econômico se altere durante o investimento, o valor a ser resgatado futuramente seguirá o mesmo, caso esse resgate seja feito no vencimento do ativo. Assim, essa opção acaba sendo a preferida daqueles cujo perfil é conservador, já que traz mais segurança para quem ainda não se sente confortável para lidar com rentabilidades menos previsíveis, digamos assim.

CDB pós-fixado

Os CDBs dessa categoria têm sua rentabilidade atrelada a um indicador econômico, como o CDI ou a Taxa Selic. Na prática, são ativos cujos rendimentos acompanharão as nuances da inflação, logo, o investidor não tem como saber exatamente quanto receberá no futuro, já que este valor será posteriormente corrigido.

Aqui, a grande vantagem é que, por causa dessa correção de acordo com a inflação, o poder aquisitivo não é prejudicado. 

Para você entender melhor, considere este exemplo: hoje em dia, com R$100, você não compra a mesma quantidade de produtos no mercado que poderia comprar 10 anos atrás com este valor.

Isso acontece pois as mudanças no cenário econômico, principalmente as oscilações da inflação e das taxas de juros, são capazes de alterar preços e, por consequência, modificar o valor do dinheiro também.

Com um CDB pós-fixado, mesmo que a inflação esteja alta no fim do prazo de aplicação, esses preços altos do exemplo não seriam um problema, pois o seu rendimento seria corrigido de acordo com o cenário econômico em questão.  

CDB Híbrido (atrelado à inflação)

Como o próprio nome indica, essa opção é uma combinação das duas modalidades anteriores. Assim, uma parte do retorno será baseada em um indicador econômico, e outra em uma alíquota.

Como você já sabe, o CDI, a Taxa Selic e até o IPCA podem ser os indexadores considerados aqui. Para o investidor conservador que não deseja abrir mão da previsibilidade, mas que também teme a inflação futura e a perda do poder aquisitivo, este pode ser um meio-termo interessante no portfólio.

Quais são as vantagens e os riscos de investir em CDB?

Por ser um título de renda fixa, os CDBs normalmente são considerados como bastante seguros e vantajosos. Embora essas duas características sejam verdadeiras, é fato que, no mercado financeiro, todas as modalidades de investimentos têm riscos e benefícios que devem ser cuidadosamente analisados. 

Vantagens de investir em CDB

Para começar, vamos levantar alguns pontos positivos dos CDBs, e razões pelas quais eles podem ser uma alternativa interessante para diversificar a sua carteira de investimentos.

  • Rendimento previsível: na versão prefixada, o investidor tem a segurança de saber exatamente qual será a rentabilidade futura, caso o resgate seja feito ao final do prazo combinado. No que tange ao pós-fixado, mesmo que o valor exato não seja conhecido, há a segurança de que a correção a partir de um indexador vai proteger o patrimônio aplicado;
  • Custos baixos: como você aprendeu neste artigo, os CDBs não cobram taxas de administração ou custódia. Quando mantidas por longos períodos, as aplicações sofrem baixa incidência de impostos, com o IOF e o IR. Dessa forma, a maior parte dos rendimentos permanece com o investidor;
  • Solidez das instituições financeiras: o investidor que optar por adquirir o CDB de um banco sólido terá a grande vantagem de lidar com um risco de crédito menor. Esse risco existe, nesse caso, quando a instituição financeira emissora do título apresenta dificuldades financeiras, por exemplo, o que a impediria de honrar com o compromisso de pagar o que deve aos seus investidores.

Riscos de investir em CDB

Nós reforçamos: até mesmo os títulos de renda fixa têm riscos. Por isso, considere estas desvantagens aqui ao traçar a sua estratégia:

  • Risco de crédito: vamos começar pelo risco recém mencionado. Essa possibilidade significa que a instituição emissora pode não pagar os rendimentos que prometeu ao investidor no início da aplicação, algo que ocorre em casos de falência ou dificuldades financeiras. Uma das formas mais efetivas de mitigar esse risco é optando por CDBs de bancos sólidos, já que a probabilidade de uma entidade dessas quebrar é bastante baixa;
  • Baixa liquidez: lembra do prazo de carência dos CDBs? Alguns podem ser bem longos. Consequentemente, você não pode tocar nesse dinheiro antes do prazo acordado. Nesse caso, se o investidor precisar de acesso rápido ao valor aplicado, pode acabar saindo no prejuízo dada a falta de liquidez do título que adquiriu;
  • Rendimento variável: essa é uma característica dos CDBs pós-fixados, cujos rendimentos devem variar de acordo com os indicadores utilizados como referência. Quem investe em papéis assim poderá ter que lidar com cenários de queda de juros, o que logicamente causaria a redução de seus ganhos também.

Como investir em CDB?

Entendeu como os CDBs funcionam e deseja adicionar títulos dessa modalidade no seu portfólio de investimentos? Então, nós vamos te ensinar o passo a passo para você realizar esse investimento.

  1. Encontre uma corretora de valores e abra sua conta

Esse é o primeiro passo para investir em qualquer produto do mercado financeiro. A nossa recomendação é que, antes de abrir a conta, você cheque a reputação dessa instituição financeira e se ela está, de fato, autorizada a operar comercializando títulos de investimento. Em outras palavras, a corretora deve ser segura. 

  1. Transfira o seu dinheiro para essa nova conta

Após o cadastro, você precisa adicionar fundos para a sua plataforma na corretora. Em geral, esse processo é feito via TED, DOC ou PIX.

  1. Descubra o seu perfil de investidor

Antes de começar a aplicar os seus recursos em um CDB, é muito provável que a própria corretora te submeta a uma série de questões sobre o seu comportamento como investidor e tolerância ao risco, para descobrir qual o seu perfil. Por lei, essas instituições devem seguir esse protocolo e até mesmo enviar notificações claras toda vez que você tentar aplicar em um papel que não corresponde ao seu perfil.

  1. Analise os CDBs oferecidos

Como você viu até aqui, existem diversos tipos de CDBs — prefixados, pós-fixados e híbridos. Além disso, cada opção pode ter taxas de juros, prazo de vencimento e carência diferentes. 

Na hora de escolher o ideal, considere o seu perfil de investidor e os seus objetivos com essa aplicação. Lembre-se, ainda, de levar em conta os seus planos futuros para esse recurso, ou seja, se vai precisar dele a curto, médio ou longo prazo.

  1. Emita a ordem de compra e acompanhe os resultados

Tomada a decisão acima, tudo o que você precisa fazer é informar à plataforma quanto dinheiro aplicará no CDB e pagar essa compra com o seu saldo na plataforma. Nesse mesmo ambiente, você terá a chance de acompanhar gráficos e informações sobre o desempenho do seu título. 

Aqui, é possível que, muitas vezes, você se depare com um rendimento negativo. Esse status é comum, uma vez que representa o valor do título de acordo com as condições atuais do mercado, que podem oscilar quase que diariamente. 

Como os CDBs são títulos de renda fixa, não se esqueça de que a sua rentabilidade está basicamente garantida no final do prazo combinado, especialmente se a modalidade for prefixada. Caso não seja, ela futuramente será corrigida de acordo com a inflação.

Continue aprendendo sobre renda fixa na Finclass

Com medo de aplicar seu dinheiro em títulos de investimento que não sejam a poupança, muitos brasileiros deixam de ver os seus recursos render mais por pura falta de conhecimento. No entanto, se você chegou até aqui, já sabe que investir em CDBs é uma opção muito mais rentável, e também bastante segura. Essa mudança de mentalidade é o que acontece quando você estuda sobre a renda fixa.

Se você quer continuar essa jornada de aprendizado e descobrir ainda mais macetes para administrar os seus investimentos, temos uma recomendação imbatível: na Finclass, temos um curso especial sobre Renda Fixa, ministrado pela sócia da Nord Research, Marilia Fontes, profissional com mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro.Gostou? Então dá logo o play!

Hugo Gonçalves
Hugo Gonçalveshttps://finclass.com/
Hugo é copywriter no Grupo PRIMO. Trabalha com finanças há mais de 7 anos.
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